A tíbia torta póstero-medial é uma condição rara e congênita que afeta o osso da perna chamado tíbia, causando alterações associadas no pé e tornozelo. Essa deformidade é caracterizada por uma curvatura anormal para trás (póstero) e para o lado interno (medial) da tíbia, sendo visível já ao nascimento. O diagnóstico inicial é clínico, complementado por exames de imagem, como raios X.
Uma doença é considerada rara quando afeta menos de 65 pessoas a cada 100.000 indivíduos. Além disso, a tíbia torta póstero-medial, com incidência de 2 a 3 casos por 100.000 nascidos vivos, enquadra-se nessa categoria. Portanto, é importante destacar sua raridade.
Com base nos dados do IBGE, estima-se que, nos últimos 30 anos, tenham ocorrido entre 500 e 700 novos casos dessa condição no Brasil. Dessa forma, a condição ainda é pouco documentada nacionalmente.
A tíbia torta póstero-medial apresenta-se como uma deformidade evidente ao nascimento. Frequentemente, essa condição é acompanhada por:
– Posicionamento em calcâneo valgo extremo do pé, que pode estar em dorsiflexão contra a tíbia, em outras palavras o pé está quase tocando a parte da frente da perna.
– Presença de uma prega (dimple) cutânea no ápice da curvatura.
– Contratura dorsal do tornozelo.
Além disso, o crescimento natural corrige parte da curvatura nos primeiros anos de vida. Entretanto, uma discrepância de comprimento da perna – em média, 3,5 cm – pode persistir até a maturidade esquelética.
De acordo com as diretrizes da Pediatric Orthopaedic Society of North America (POSNA), o tratamento da tíbia torta póstero-medial envolve diversos passos importantes:
– Monitoramento clínico e radiográfico periódico para avaliar a melhora da deformidade.
– Além disso, programas de alongamento para as estruturas dorsais do tornozelo são úteis em casos de rigidez.
– Finalmente, a aplicação de gessos seriados pode ser indicada em contraturas graves.
– Tratamentos para prever e corrigir discrepâncias de comprimento superiores a 2 cm são recomendados.
– Métodos incluem epifisiodese contralateral ou alongamento ósseo com fixadores externos. Assim, é possível permitir ajustes de deformidades residuais angulares.
– Esta abordagem é indicada com a proximidade da maturidade esquelética. Desse modo, é garantida maior precisão na correção do comprimento e melhor adesão ao tratamento.
O prognóstico da tíbia torta póstero-medial é geralmente positivo. Além disso, avanços médicos têm permitido diagnósticos precoces e manejo adequado. O foco principal é obter membros com comprimentos e alinhamento similares ao final do tratamento. Por fim, caso você desconfie dessa condição em seu filho, procure um especialista em ortopedia pediátrica.
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