Considerando-se as lesões do pé e do tornozelo, um dos principais motivos de procura de serviços de pronto-atendimento / pronto-socorro são as lesões do tendão de Aquiles. Seu tratamento gera dúvidas tanto aos pacientes quanto aos familiares.
Homens entre 40 e 60 anos são a população de maior risco. Muitas vezes os pacientes já apresentavam dor prévia à lesão; essa informação é, inclusive, um fator fundamental para a investigação diagnóstica e planejamento do tratamento.
Sensação de chute ou pedrada na região posterior da perna ou do tornozelo são as descrições mais comuns da lesão aguda do tendão calcâneo.
Os sintomas iniciais são dor, inchaço e dificuldade para ficar na ponta do pé (movimento de flexão plantar).
A principal queixa nos casos de lesão crônica é a fraqueza que fica evidente quando tentamos usar o tendão calcâneo como para ficar na ponta dos pés, subir escadas ou correr. Normalmente, nos casos crônicos, as queixas de dor não são frequentes.
Ao exame clínico é possível detectar a descontinuidade do tendão: palpa-se uma falha, um espaço (gap) na parte
Outro teste clínico que pode demonstrar a integridade ou descontinuidade do tendão de Aquiles é a compressão da panturrilha (o médico aperta a batata da perna): quando o tendão está integro, há uma flexão do pé (aquele pé de bailarina, como se o paciente estivesse na ponta dos pés), caso o tendão esteja roto, essa flexão não acontece.
Desta forma, a palpação do “gap” e a perda de força para flexão associadas ao inchaço, dor e à história clinica são suficientes para o diagnóstico.
Por outro lado, alguns exames podem ser solicitados para auxiliar no planejamento do tratamento, em especial se o paciente contar que já sentia dor antes deste evento agudo.
A ultrassonografia e a ressonância magnética auxiliam na avaliação da qualidade do tendão e, principalmente, na identificação do local da rotura.
Por razões anatômicas, a rotura mais comum ocorre na região mais central do tendão (a aproximadamente 5cm do calcanhar), mas pode correr também bem próxima ao tornozelo (no seu local de fixação /inserção no osso calcâneo). Este último tipo de rotura é mais frequente nos pacientes com queixa de dor antiga e a essa diferenciação é muito importante para o planejamento do tratamento.
Tanto o tratamento clínico / conservador quanto o cirúrgico tem indicações precisas nesses casos.
Fatores intrínsecos ao paciente, como: idade, presença de outras doenças, nível de demanda muscular, quantidade de atividade física, tabagismo; influenciam no sucesso do tratamento e podem significar risco de complicações.
Em geral, pacientes mais jovens, ativos / esportistas são submetidos a tratamento cirúrgico. Enquanto pacientes com menor demanda, ou que tenham outras doenças – aumentando assim o risco de complicações cirúrgicas – são submetidos a tratamento clínico.
As principais complicações cirúrgicas estão relacionadas à cicatrização pele e infecção.
Independente do tratamento escolhido, a reabilitação é extremamente importante para o sucesso completo. Atualmente utilizamos mobilidade precoce (nada de ficar em repouso por semanas!) e fisioterapia para recuperar força de flexão plantar do tornozelo. A aplicação correta da reabilitação diferencia os casos que tem boa evolução dos que não tem.
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