A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) acomete de 1,5 a 2,5 em cada 1000 nascidos vivo. Antigamente chamada de luxação congênita do quadril, foi renomeada pelo fato de nem todos os pacientes nascerem com o quadril luxado e luxarem com o desenvolvimento, ainda nos primeiros meses de vida. A importância do diagnóstico e tratamento adequado é importante pela associação à artrose (desgaste articular) do quadril e por isso a um maior índice de artroplastias (próteses) em relação à população geral.
O diagnóstico deve ser realizado, preferencialmente, ainda no berçário, por meio de exame físico. Pode ser complementado por exames de imagem tanto no rastreamento de casos com maior risco ou para confirmação do diagnóstico. Os achados variam com a idade do paciente, nos mais novos é identificado um estalo específico no exame. Com o tempo ficam mais evidentes a diferença de comprimento das pernas (principalmente em casos unilaterais) ou uma curvatura acentuada na coluna (hiper lordose na coluna lombar). Dor não é um achado comum nas crianças.
Em crianças muito novas, o melhor exame complementar é o ultrassom. Nesse são identificados a cobertura óssea e a cobertura cartilaginosa da cabeça do fêmur, medidas através de dois ângulos (alfa e beta, respectivamente). Nas crianças mais velhas, a radiografia da bacia identifica a luxação e a displasia da bacia (deficiência de cobertura óssea).
O tratamento pode variar desde o uso do suspensório descrito por Pavlik à redução aberta com osteotomias pélvica e femoral, dependendo de cada caso especificamente. Casos não tratados ou com tratamento insuficiente, na idade adulta, podem precisar de artroplastia (prótese) do quadril.
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